segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Falácias

Fala pessoal, como estão? A partir de hoje vou começar aqui no blog com a série falácias. Vou tentar explicar pra vocês no que consiste uma falácia, o porquê estudar falácias e como idetifica-las. Tentarei postar regularmente os vários tipos de falácia usados em um debate, e também como refuta-las.

Qualquer cético de carteirinha que se preze sabe o que são falácias e como identifica-las, e vários autores que levantam a bandeira do ceticismo já discorreram sobre em seus livros, como Carl Sagan e Michael Shermer, e ilustraram a imporância de se reconhecer um argumento falácioso. Então, vamos lá!

Falácias são incosistências lógicas na argumentação, ou, num sentido mais estrito, argumentos que dão, enganosamente, a impressão de serem válidos ou corretos, mas não o são. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia."

Falácia é uma palavra de origem grega utilizada pelos escolásticos para indicar o “silogismo sofistico” de Aristóteles. Segundo Pedro Hispano:
 “Falácia é a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica, ou seja, aparência sem existência”. (p. 426)
Pedro Hispano (Papa João XXI) dedicou metade de sua obra Summulae logicales (séc. XIII) a refutação das falácias. Na lógica medieval, as falácias foram muito cultivadas, perdendo sua importância na lógica moderna.


Atualmente, falácia é entendida como qualquer erro de raciocínio, seguido de uma argumentação inconsistente. Além da consistência do argumento, também se podem criticar as intenções por detrás da argumentação. Considerando que um raciocínio pode falhar de inúmeras maneiras, as falácias foram classificadas em formais (tentativa de um raciocínio dedutivo válido, sem o ser) e informais (outro erro qualquer). Os vários tipos de falácia foram ainda nomeados.

O filósofo alemão Arthur Schopenhauer, em seu livro Como vencer um debate sem precisar ter razão – em 38 estratagemas (dialética erística), ou simplesmente Dialética erística, analisou minuciosamente os "principais esquemas argumentativos enganosos que os maus filósofos utilizam, com razoável sucesso, para persuadir o público de que 2 + 2 = 5", baseando-se, principalmente, nos Tópicos de Aristóteles. Mencione-se que, por dialética erística, termo que constitui o subtítulo do livro, Schopenhauer entende "a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isto per fas et nefas (por meios lícitos ou ilícitos)".

Outro autor que se enveredou pelo assunto foi Stephen Downes, que diz o seguinte no início de seu guia de falácias:
"O objetivo de um argumento é expor as razões que sustentam uma conclusão. Um argumento é falacioso quando parece que as razões apresentadas sustentam a conclusão, mas na realidade não sustentam. Da mesma maneira que há padrões típicos, largamente usados, de argumentação correta, também há padrões típicos de argumento falacioso. A tradição lógica e filosófica procurou inventariar e batizar essas falácias típicas e este guia pretende listá-las"
Algumas das falácias mais populares e mais usadas em debates são as falácias ad hominen, falsa dicotomia, declive escorregadio, falácia do espantalho, falácia do escocês, e por aí vai.

Agora que já demos uma boa introdução no assunto, espero postar regularmente todos os tipos de falácias que são geralmente usadas no dia a dia, e que na maioria das vezes passam despercebido. Depois de terminada a série, espero que tenham um arcabouço imenso dessa ferramenta importantissima para um bom debatedor, e que possam identifica-las apenas de ouvir.



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