Tambem conhecido como apelo à ignorância. A afirmação de que qualquer coisa que não provou ser falsa deve ser verdade, e vice-versa.
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que presume que todas as proposições têm de ser realmente conhecidas como verdadeiras ou falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma prova." (p. 59).
A expressão latina argumentum ad ignorantiam ("argumento da ignorância") é uma falácia lógica que tenta provar que algo é falso a partir de uma ignorância anterior sobre o assunto.
Exemplos
Ex.: Não há evidência convincente de que os UFOs não estejam visitando a Terra; portanto, os UFOs existem/e há vida inteligente em outros lugares do Universo.
Ou: Talvez haja setenta quasilhões de outros mundos, mas não se conhece nenhum que tenha o progresso moral da Terra, por isso ainda somos o centro do Universo.
Essa impaciência com a ambiguidade pode ser criticada pela expressão: *a ausência de evidência não é evidência da ausência*.
Essa impaciência com a ambiguidade pode ser criticada pela expressão: *a ausência de evidência não é evidência da ausência*.
- Os fantasmas existem! Já provou que não existem?
- Como os cientistas não podem provar que se vai ter uma guerra global, ela provavelmente não ocorrerá.
- Otávio disse que era mais esperto do que Augusto, mas não provou. Portanto, isso deve ser falso.
- Ninguém conseguiu provar que Deus não existe; logo, ele existe.
- Ninguém conseguiu provar que Deus existe; logo, ele não existe.
Estrutura lógica
- Ninguém provou que "A é falso";
- Então A é verdadeiro.
Prova
Identifique a proposição em questão. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou falsa) mesmo que, por agora, não o saibamos.
Referências:
Copi e Cohen: 93; Davis: 59
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