sábado, 26 de janeiro de 2013

Conhecendo o verdadeiro William Sidis...

Nada como começar os posts conhecendo um dos maiores cérebros que já passaram pelo planeta Terra, um verdadeiro polímato autodidata (talvez o maior deles), e cujo nome o autor desse blog carrega.

Você deve estar se perguntando, se ele foi um dos maiores intelectos da humanidade, por que é que não o conheço? Bom, pra explicar isso talvez tenhamos que rebaixá-lo a um mero mortal e dizer-lhe que Sidis não gerou nenhum tipo de conhecimento significativo para a nossa sociedade, o que o fez passar quase que despercebído pela história do nossa civilização.

Mas vamos ao que interessa, quem foi William Sidis James, o mais prodigíoso e portentoso ser humano que já tivemos notícia?

Willian Sidis foi uma criança prodígio dos Estados Unidos, nascido em Nova Iorque em 1 de abril de 1898, filho de imigrantes norte-americanos de origem russo-judeu, William tinha um lar promissor. Seu pai, Boris Sidis, se formou em psicologia em Harvard, e foi um dos percursores dos estudos sobre hipnose e psicologia de grupo, e há indícios de que tenha sido um dos psicólogos que deram origem ao mito do uso dos 10% do cérebro (ele baseou-se a teoria da análise de seu próprio filho, William Sidis,que teve resultados em testes de QI similares a de adultos, entre 250 e 300). Já sua mãe, Sarah, formou-se na faculdade de medicina da Universidade de Boston, tornando-se uma das primeiras médicas dos EUA.

Dizem que Boris sempre foi um aficionado por inteligência, e viu em seu filho a oportunidade para aplicar suas próprias técnicas de hipnóse, e tentar desenvolver ali, um ser humano com a maior capacidade intelectual já vista. E não é que deu certo? Dotado habilidades linguísticas e matemáticas exepcionalmente fora do comum, William Sidis se tornou mundialmente famoso pela sua precocidade.

Aos 6 meses de idade Sidis já era capaz de falar algumas palavras, e aos 18 já era capaz de ler o New York Times. A mídia começou a prestar a atenção nesse garoto prodigioso quando ele completou 5 anos de idade, pois especulava-se que nessa mesma idade o garotão foi capaz de aprender, de maneira autodidata (isso mesmo, audodidata) 6 idiomas, entre eles: latim, grego, russo, francês, alemão e hebreu, fora o inglês que era sua lingua madre (e você ai fazendo aulinhas de inglês, heim?!).

Aos 6, William entrou para o ensino fundamental, mas em apenas 1 ano, o rapaz já estava cursando o ensino médio (high school norte-americano). Nessa época ele já havia aparecido na capa do New York Times por diversas vezes.

Com 9 anos e 4 livros publicados, ele tentou entrar para a Universidade de Harvard, porém foi rejeitado por ser “emocionalmente imaturo para a vida universitária“, embora tenha tido um desempenho na prova que o permitisse entrar.


Finalmente, aos 11 anos, Harvard o aceitou como parte de um programa para introduzir crianças superdotadas . O grupo experimental incluiu o matemático Norbert Wiener, pai da cibernética, Richard Buckminster Fuller, e o compositor Roger Sessions. De todo o grupo, Sidis foi considerado o mais promissor. No início de 1910, seu domínio da matemática avançada era tal que ele deu uma palestra no Clube de Matemática de Harvard sobre corpos quadridimensionais, fazendo Daniel F. Comstock, professor no MIT, predizer que Sidis se tornaria um gênio da matemática e líder naquela ciência no futuro.  Sidis recebeu seu bacharelado, cum laude (com honras), em 18 de Junho de 1914, aos 16 anos.

Foi a partir daí que a vida de Sidis começou seu declínio aparente. Logo após a graduação, ele afirmou a repórteres que gostaria de viver a vida perfeita, e que para ele isso significava viver em reclusão. Ele deu uma entrevista a um repórter do jornal Boston Herald, que publicou sua intenção de permanecer no celibato e não se casar, e a afirmação de que mulheres não lhe atraíam (mais tarde, no entanto, ele teve uma forte afeição por uma mulher chamada Martha Foley). Não obstante, o jovem disse que não ia se abster de todo e qualquer tipo de prazer mundano  em prol de adquirir todo o conhecimento possível. 

Após uma gangue de alunos de Harvard ter ameaçado o agredir, seus pais lhe conseguiram um trabalho no Instituto de Rice (hoje Universidade de Rice) em Houston, Texas como professor assistente de matemática, em Dezembro de 1915, aos 17 anos, em busca de um doutorado.

Sidis lecionou em três disciplinas: geometria euclidiana, geometria não euclidiana, e trigonometria (ele escreveu um livro de anotações para o curso de geometria euclidiana, em grego). Após menos de um ano, frustrado com o departamento, suas responsabilidades como professor, e o tratamento recebido de alunos mais velhos que ele, Sidis deixou o trabalho e retornou ao estado de Nova Inglaterra. Quando um amigo mais tarde lhe perguntou por que ele saiu, ele respondeu, "Eu nunca soube por que eles me deram o trabalho em primeiro lugar – eu não sou um bom professor. Eu não saí – eu fui solicitado a sair." Sidis abandonou sua busca por um doutorado em matemática e se inscreveu na Escola de Direito de Harvard em Setembro de 1916, mas saiu do curso antes de o completar, embora estivesse com suas excepcionais notas habituais.

Em 1919, pouco depois de largar o curso de direito, Sidis foi preso por participar de uma passeata socialista que acabou em desordem. Pegando uma pena de um ano e meio, sua prisão apareceu em diversos jornais e noticiários, já que Sidis era uma espécie de celebridade. Sidis declarou ser contra a Primeira Guerra Mundial, ser Ateu e Socialista, embora posteriormente tenha inventado sua própria ideologia política (quasi-liberalismo). 

Devido à constante perseguição da mídia, William optou por se esconder e exercer funções bem simples, como balconista em lojas, entre outras. Ele trabalhou em Nova Iorque e cortou relações com seus pais, Durante esse período ele publicou diversos livros utilizando pseudônimos. Muita gente dizia que ele acreditava em uma filosofia tribal chamada, Okamakammesset, onde o conhecimento deve ser divulgado de maneira anônima.

Toda essa maneira diferente de ver a vida fez com que a perseguição da mídia fosse cada vez maior. Até que em 1937 um belo artigo do Jornal The New York Times ironizava toda a vida dele que antes era um gênio e agora não passava de um balconista .Ao longo de vários anos ele processou o jornal, até que em 1944 ele conseguiu ganhar. Mas já era tarde, no mesmo ano Sidis foi encontrado morto em seu apartamento, devido a uma hemorragia cerebral, com apenas 46 anos de idade. Seu pai havia morrido da mesma maneira em 1923, aos 56. Sidis se encontra sepultado no Cemitério do Sul, Portsmouth (Nova Hampshire), Condado de Rockingham, Nova Hampshire nos Estados Unidos.

Além da matemática, assuntos sobre os quais Sidis escreveu ou lecionou incluem cosmologia, psicologia, e história dos povos nativos da América, astrofísica, engenharia civil e veículos, antropologia, filologia, sistemas de transporte, e diversos outros tópicos. Algumas de suas ideias trataram de reversibilidade cosmológica, continuidade social e direitos libertários. Sidis recebeu uma patente por um calendário perpétuo rotativo que levava em consideração anos bissextos. 

Sua irmã uma vez declarou que, no final de sua vida, William pudesse falar mais de 40 linguas, inclusive a que ele mesmo inventou, a qual deu o nome de Vendergood, e que podia aprender uma língua nova em apenas uma semana.

Abraham Sperling, diretor do Instituto de Teste de Aptidões de Nova Iorque, afirmou após a morte de Sidis que, segundo seus cálculos, Sidis "tinha facilmente um QI entre 250 e 300" e que não havia evidências de que seu intelecto tivesse tido um declínio na idade adulta. Certa vez Sperling comentou:


"O que os jornalistas não publicaram, e talvez não soubessem, é que durante todos os anos de empregos obscuros ele esteve escrevendo textos originais em história, governo, economia e assuntos políticos. Em uma visita à casa de sua mãe eu recebi a permissão de ver o conteúdo de uma imensidão de manuscritos originais compostos por Sidis."

A título de comparação, um QI de razão de 250 corresponderia aproximadamente a um moderno QI de desvio de 191 (d.p. 15), você provavelmente tenha algo em torno de 100 e pessoas com 140 são consideradas de superdotadas à gênios. Imagine só como era a mente desse ser.

Muitos afirmam que ele só não conseguiu deixar um grande legado devido à pressão da mídia e à criação de sua família que tentou forçar o surgimento de um garoto prodígio.

Bom, espero que tenham gostado da história desse verdadeiro portento da humanidade, mas que infelizmente quase ninguém conhece ou dá imporância. Ta aí um assunto que merece anteção, pois com certeza ele não é o único superdotado a ter problemas psicológicos e de relacionamento, pessoas essas que a nossa sociedade ainda não sabe lidar e que acabam tendo todo seu talento jogado fora (se é que pode-se dizer isso dessa pessoa).

Acho que talvez tenham entendido o fato de eu usar um pseudônimo para fazer esse blog, e do porquê ser ele!

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/William_James_Sidis

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_do_uso_de_10%25_do_c%C3%A9rebro


http://en.wikipedia.org/wiki/Boris_Sidis




O Porquê do blog...

Fala pessoal, esse aqui é o meu primeiro post e eu gostaria de explicar-lhes o porquê de eu ter criado esse blog.

De uns tempos pra cá tenho reunido vasto material acerca dos mais diversos assuntos (citados na descrição do mesmo), e estava começando a achar um desperdício de tempo e de conhecimento escrever sobre tudo isso e não compartilhar com ninguém. Por isso, resolvi criar esse blog, com o intuíto de dividir esse mundo de conhecimento pelo qual eu me interesso com vocês, afinal, com certeza existem pessoas que devem se interessar também.

O nome do blog advém do meu grande interesse por inúmeras áreas do saber humano, tais quais apresentadas no subtítulo, como um verdadeiro polímato (embora não me considere nem de longe um), e pela minha forte preferência pelo estudo autodidata, onde considero aprender muito melhor sozinho do que com a tutela de um professor. Na verdade, minha opinião é que o mundo caminha para a extinção do estudo assistido, e mais e mais a figura de um professor se tornará desnecessária (pelo menos no sentido estrito da palavra), e que no futuro os grandes homens que ficarão pra história serão cada vez mais e mais generalistas, ou seja, saberão não só de uma área, mas de várias delas.

Espero que desfrutem e curtam bastante os posts que aqui virão, e que se sintam à vontade para comentar e me critícar, quando lhes convir.

Conhecimento deve ser partilhado, sempre!